Fitorremediação seria o uso de vegetação para a descontaminação do solo e sedimentos, eliminando metais pesados e poluentes orgânicos.
As plantas podem remediar o solo de contaminantes por meio de três mecanismos:
1 – ingestão direta dos contaminantes e acumulação no tecido da planta;
2 – liberando no solo oxigênio e substâncias bioquímicas, como enzimas que estimulam a biodegradação dos poluentes e
3 – intensificação da degradação por fungos e micróbios localizados na interface raiz-solo.
Para a fitorremediação seria conveniente o uso de plantas hiperacumuladoras de metais, ou seja, são capazes de absorver através de suas raízes níveis muito mais altos desses contaminantes do que a média e de concentrá-los muito mais do que as plantas normais. Na biorremediação, essas plantas desenvolvem-se nos locais contaminados sendo depois descartadas e incineradas. Em alguns casos, as cinzas resultantes podem ser tratadas para se extrair o metal. A fitorremediação é uma técnica atrativa porque os metais são difíceis de extrair mediante outras tecnologias, devido a suas baixas concentrações. Um exemplo seria o arbusto de mostarda-alpina que possui a capacidade de hiperacumular cádmio, zinco e níquel. Pesquisadores estão estudando plantas que possuem a capacidade de extrair chumbo dos solos.
Um ponto negativo da fitorremediação seria que essas plantas hiperacumuladoras são geralmente plantas que crescem devagar e por conseqüência acabam acumulando os metais lentamente. Existe a necessidade de se cortar as plantas antes que cheguem ao término de suas vidas ou que comecem a morrer, de forma que os contaminantes não se tornem dispersos ou que acabem voltando ao solo.
Uma vez que a substância seja absorvida, a planta pode armazenar a substância por transformação interna de sua lignina ou pode metabolizá-la e liberar os produtos na atmosfera.
As substâncias liberadas pelas plantas no solo incluem ligantes quelatos e enzimas. Os quelatos diminuem a toxicidade de um metal mediante sua complexação e as enzimas podem biodegradar poluentes em alguns casos. Cientistas descobriram que a enzima desalogenase pode degradar tricloroeteno.
Como as plantas emitem oxigênio pelas raízes, acaba facilitando as transformações aeróbicas, e os fungos que vivem em simbiose com as plantas possuem enzimas que ajudam na degradação de contaminantes orgânicos do solo.
Experimentos realizados em várias regiões têm mostrado que a fitorremediação pode ser usada com sucesso para degradar produtos de petróleo em solos.
Referências: BAIRD, Colin; Química Ambiental; 2ª Ed.; São Paulo; Editora Bookamn, 2008; p. 622.
Os agrotóxicos e fertilizantes são um capítulo controverso na história da indústria química.
ResponderExcluirBom saber que existem alternativas mais ecológicas.