quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Robert Boyle

Robert Boyle (1627-1691), procedente de uma antiga família britânica, é considerado o “pai da química” e o irmão do conde de Cork. Depois de estudar em Eton, foi enviado ao estrangeiro com um tutor. Em Florença entrou em contato com “os novos paradoxos do grande astrônomo Galileu, cujos famosos livros foram rejeitados por um decreto”. Ao regressar a Inglaterra, em pouco tempo já fazia parte da Royal Society. 
Durante a época de Boyle, apesar das críticas de Van Helmont, ainda se falava dos quatro
elementos de Aristóteles e dos três princípios hipostáticos dos alquimistas: enxofre, sal e mercúrio. Em sua obra “O químico cético (1661)” insiste na necessidade de chamar “elemento” somente as substâncias irredutíveis, estabelecendo uma clara distinção entre elemento e composto. Também criticou as teorias dualistas demonstrando que as definições químicas dos princípios ácido e base encerravam um círculo vicioso. Boyle determina um novo procedimento para superar uma grande dificuldade da época: o emprego de corantes reativos.
A lei de Boyle
Em Oxford, Boyle monta um laboratório e começa a trabalhar com a ajuda de um tal de Robert Hooke que logo se tornaria mestre em experiências da Real Society. Os dois cientistas se apaixonaram com a bomba de Guericke ao observar que quando se coloca um barômetro em uma câmara de vácuo, a coluna de mercúrio sobe ou baixa à vontade, desde que se modifique a pressão. Mediante um tubo em forma de “U”, fechado em uma extremidade, Boyle construiu, uma espécie de barômetro invertido. No início o tubo estava cheio de ar, quando o mercúrio se deslocava comprimia o ar. Medindo cuidadosamente seu volume, eles perceberam que seu volume era inversamente proporcional a altura do mercúrio na outra ponta. Ratos, velas e pássaros sofreram os efeitos da câmara de Guericke e como resultado de tais experiências, apareceu uma interessante obra intitulada de “Novas experiências físico-mecânicas, que serviu de base para a nova fisiologia da respiração. Boyle demonstrou que os peixes necessitam de ar dissolvido em água para poderem sobreviver.
Torricelli e Guericke haviam demonstrado a existência da pressão atmosférica. Robert Boyle estudou a pressão dos gases. Boyle e Edme Mariotte estudaram independentemente o modo como o volume ocupado por um gás a uma determinada temperatura varia quando a pressão sob o gás varia. As medições foram realizadas a 25°C e pode-se chegar a duas conclusões com os experimentos: Quando a pressão (P) no hidrogênio aumentava, seu volume diminuía e que o aumento da pressão e a diminuição do volume ocorriam de tal modo que o produto da pressão e volume permaneciam constante.



Referências: FONT, Juan García; Historia de la Ciencia; Ediciones Danae; 1970.

2 comentários:

  1. O Robert Boyle deve ser ancestral da Susan Boyle.

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  2. Pelo que pesquisei a Susan Boyle não tem parentesco com Robert Boyle, mas convenhamos que cada um tem um dom muito especial, o Robert para a Ciência e a Susan para a Música.

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