sábado, 5 de março de 2011

Diabo espinhoso

Ordem: Squamata
Família: Agamidae
Gênero: Moloch
Espécie: Moloch horridus
Com a sua aparência monstruosa e espinhosa, o diabo espinhoso é conhecido como diabo da montanha e obteve seu nome latino, Moloch, de um deus demoníaco. Apesar de parecer ameaçador, este lagarto é inofensivo para os humanos. Perfeitamente adaptado ao ambiente
do deserto da Austrália, é uma criatura de muitos talentos.

Seus espinhos afiados são desencorajadores eficazes contra predadores, como marsupiais carnívoros, grandes lagartos, serpentes e aves de rapina. Quando este lagarto é atacado, inclina a cabeça para baixo entre as pernas dianteiras para exibir dois grandes e ameaçadores espinhos armados em protuberâncias carnudas na parte de trás do pescoço. Como o camaleão, o diabo espinhoso pode mudar de cor para se confundir com o seu ambiente. Durante as frias noites do deserto, esta criatura dorme numa cova que escava no solo seco. De dia, sai para caçar, abrigando-se ocasionalmente do quente sol do deserto e de predadores sob pequenos arbustos. Move-se sempre devagar, balançando-se para trás e para a frente à medida que anda.
Os diabos espinhosos acasalam em outubro e põem ovos em janeiro, no pico do verão australiano. Antes do pôr os ovos, a fêmea passa 2 ou 3 dias escavando uma toca, que mede até 60 cm de comprimento e se localiza a 25 cm abaixo do solo. Os ovos do diabo espinhoso têm 2,5 cm de comprimento – muito grandes em relação ao tamanho do lagarto. A progenitora deixa os ovos seguros na toca e, cerca de 3 meses mais tarde, as crias emergem. Elas atingem a maturidade após 3 anos e podem viver até 20 anos.
                                           Filhote diabo espinhoso

Este pequeno monstro do deserto alimenta-se unicamente de formigas. Prefere comer espécies pequenas e sem ferrão, além de formigas pequenas e pretas. De dia, este lagarto caminha pelo deserto em busca de formigas. Quando encontra um formigueiro, fica junto á entrada dele alimentando-se das formigas que saem. À medida que a procissão de atarefados insetos marcha, o lagarto lambe-os, um a um, com a sua longa língua, comendo por vezes até cinco mil formigas numa única refeição. Os dentes do diabo espinhoso têm coroas complexas, serradas, que esmagam os duros esqueletos externos das duas presas insetívoras e o ajudam a extrair o tecido mole interno.
O deserto é um local seco e árido , de forma que o diabo espinhoso tem de conservar tanta água quanto possível. E, para isso, desenvolveu pequenos sulcos por entre os seus espinhos, que apanham e canalizam qualquer umidade, direcionando-a para a boca. Este processo é tão eficiente que uma gota de água parece desaparecer assim que toca na sua pele. Ao amanhecer, quando se forma o orvalho, fica ao ar livre com a sua cauda espinhosa ao ar, recolhendo gotas de orvalho. A água espalha-se por todo o corpo do lagarto, chegando à sua boca. Este ritual matinal regular permite ao diabo espinhoso beber água suficiente para o mantê-lo durante todo o dia.

Referências: Coleção: O Fascinante Mundo Animal; Editora Duetto ( 2008 - 2011)

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