A química estuda as transformações da matéria. Deve ter sido muito surpreendente constatar que sob sua ação do fogo as madeiras sólidas se transformavam em cinzas. O fogo afastou o medo da escuridão noturna foi usado para afugentar feras, graças a ele o homem pôde habitar os lugares frios.
As carnes cozidas em churrasqueiras melhoravam a consistência e sabor dos alimentos e podiam ser conservadas por mais tempo, o cozimento matava as bactérias causadoras de doenças. Tigelas primitivas e outros artefatos de barro sob ação do fogo, tinham uma superfície vitrificada e se tornavam mais resistentes. O estudo e o conhecimento dos fatos da natureza foram aperfeiçoados, explicações baseadas em numerosos agentes e forças sobre-humanas deram lugar ao raciocínio e à observação.
A metalurgia é a atividade química que envolve a obtenção e a mistura de inúmeros metais, a partir de seus minérios, para a produção das ligas metálicas, operações metalúrgicas antecederam a invenção da escrita por cerca de 2 milênios. No quarto milênio a.C. teve-se a invenção da escrita na Suméria e a invenção da roda.
O bronze, uma liga de cobre e estanho (3.000 a.C.). O ferro é conhecido desde o terceiro milênio a.C., mas só a partir de 1.400 a.C. seu uso se tornou frequente na confecção de inúmeros objetos. Ouro e cobre, extraídos em pedaços da superfície do solo, eram trabalhados por martelamento que lhes dava a forma desejada e os endurecia. Os meteoritos que são constituídos de ferro quase puro eram considerados uma “dádiva do céu”.
Entre os anos 4.000 e 3.000 a.C., aprendeu-se a extrair cobre e chumbo dos seus minérios, misturando rocha com carvão e fazendo uma fogueira dentro de um buraco cavado no solo, para separação do metal. Nesse período, aprendeu-se a construir moldes de pedra ou mesmo de metal. O metal fundido, ao ser derramado no interior do molde, tomava sua forma após resfriado e solidificado. A curiosidade levou-nos a tentar obter o metal a partir das misturas de diversas rochas encontradas na sua região. Ligas de cobre e arsênio foram preparadas por acaso e se mostraram mais duras que o cobre puro.
Entre 3.000 e 2.000 a.C. o estanho foi obtido da cassiterita. Adições de estanho ao cobre produziam um material fácil de ser transformado em peças de diversas formas, que é conhecida como bronze. Técnicas simples de joalheria como a estampagem, soldagem, rebitagem e coloração de superfícies. Aprendeu-se a fazer arames, cortando finas tiras de folhas metálicas obtidas do martelamento do metal.
Desenvolveu-se a copelação, que permitiu extrair prata do chumbo, porque a prata é uma contaminação do chumbo. Após a ustulação da galena, o chumbo preparado contém prata. A copelação consiste em aquecer o chumbo sob forte corrente de ar. Esse metal reage com o oxigênio do ar e forma óxido de chumbo, enquanto a prata continua inalterada.
Entre 2.000 e 1.000 a.C. , prepararam-se bronzes com alto teor de estanho, que começaram a ser usados como espelho, pois refletiam luz. Aprendeu-se a controlar o conteúdo de carbono e ferro. Quanto maior a porcentagem de carbono no ferro, tem-se um aço de maior dureza e qualidade.
No período de 1.000 a.C. até o início da era Cristã obteve-se o mercúrio, surgindo o conhecimento da formação das amálgamas, ligas de mercúrios com vários metais. Em 700 a.C., cunhava-se moeda, que propiciou a organização da sociedade e o intercâmbio entre os povos.
A salga de carnes permitia conservá-las por muito mais tempo. A descoberta da fermentação de sucos naturais permitiu a preparação de vinhos por volta de 4.000 a.C.. Por volta de 6.000 a.C. se fabricava a cerveja pela fermentação de grãos.
Os pigmentos que conferiam cor ás tintas eram obtidos de diferentes minerais como: calcários, argilas ou carvão. Rochas reduzíveis a pó eram encontradas nas cores vermelha, amarela ou verde. O homem preparava as tintas misturando os pigmentos com goma arábica, clara de ovo ou cera de abelha.
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