Actinometria
Para medir o
rendimento quântico é necessário medir diretamente a intensidade da radiação
eletromagnética, para isso precisamos quantificar o número de fótons incidentes
e emitidos. Existem equipamentos como células fotovoltaicas que são capazes de
medir a intensidade destes fótons, porém elas não são comumente usadas devido às
dificuldades encontradas quando se tentam obter resultados consistentes e reprodutíveis.
Uma alternativa
para este problema é usar um actinômetro químico. Um actinômetro químico faz
uso de uma reação fotoquímica que tem um rendimento quântico acuradamente
conhecido e é facilmente reproduzível. Determinado actinômetro químico usa
uma solução de ferrioxalato de potássio em ácido sulfúrico 0,1 mol L-1.
A irradiação nesta solução livre de oxigênio na faixa de 250-500 nm leva a
formação do íon Fe2+, que pode ser analisado espectroscopicamente
pela adição de 1,10-fenantrolina à solução final. O complexo de oxalato do íon
Fe2+ reduzido é formado como produto durante a operação do actinômetro
que não absorve radiação incidente, desde que a absorção do complexo precursor oxalato
de Fe3+ que é usado no actinômetro seja muito alto. Uma vantagem
adicional deste actinômetro químico é que seu rendimento quântico apresenta uma
pequena dependência dos efeitos do ambiente
como as concentrações dos reagentes e produtos, intensidade da luz incidente e
da temperatura da solução.
Oxalato de uranil também
pode ser usado como um actinômetro químico, porém ele é duas ordens de
magnitude menos sensível do que actinômetro de oxalato férrico. Este actinômetro
é relativamente insensível à temperatura e ao comprimento de onda, mas a reação
fotoquímica não tem uma estequiometria simples. Entre os produtos temos o íon U4+,
juntamente com os produtos gasosos CO e CO2. A intensidade da luz é
medida pela perda do íon oxalato durante a fotólise, que é feita por titulação da solução inicial e final com o íon
permanganato.
Nenhum comentário:
Postar um comentário