Ordem: Rajiformes
Com poderosos corpos achatados e caudas venenosas, as arraias vivem nas águas quentes do mundo. A maioria é formada por peixes de água salgada, mas várias espécies são conhecidas por nadarem até estuários para se alimentar, e algumas vivem em água doce. Estes peixes de aspecto estranho desenvolveram grandes cérebros e métodos altamente sofisticados para perceber presas, predadores e membros da própria espécie.
Apesar de algumas espécies de arraias serem solitárias, a maioria é sociável. A arraia tem o
esqueleto de cartilagem flexível. Sua medula espinhal percorre o corpo para formar uma cauda com um espinho na base e dois sulcos cheios de veneno por baixo. Quando chicoteia uma vítima, a delicada pele da cauda se rompe com o impacto liberando o veneno. Algumas arraias de cauda comprida atacam se forem assustadas, outras espécies apenas levantam a cauda como aviso. A maioria das arraias são dóceis, usando a cauda apenas para se defender dos tubarões, e ocasionalmente, dos homens.
Ao contrário da maioria dos peixes, a arraia não flutua porque não tem bexiga natatória. Isso significa que, quando ela pára de nadar, desce até o fundo do mar. Para nadar a arraia serpenteia o corpo iniciando um movimento ondulante com suas abas flexíveis, que são na realidade barbatanas modificadas. Perto da superfície, o peixe está camuflado por seu abdômen de cor clara, que é difícil de perceber contra a luz brilhante que entra na água vinda de cima. Quando uma arraia se mantém quieta no fundo do mar, o seu dorso escuro e com pintas, a ajuda a se camuflar no fundo escuro.
As arraias têm dentes afiados, maciços e pontiagudos, ideais para agarrar e esmagar presas. Apesar de algumas arraias caçarem peixes, muitas espécies também comem moluscos de concha, crustáceos como camarões, caranguejos e invertebrados. Assim que a arraia localiza uma presa, usa o corpo achatado para prendê-la. Depois, move as abas flexíveis do coro para guiar a comida em direção à boca. Como outros peixes, as arraias inalam água para saboreá-la, sentir os cheiros das presas e para obter oxigênio. Fazem isso aspirando água pelos espiráculos (orifícios especiais ou respiradouros localizados atrás dos olhos no alto da cabeça).
Durante os meses mais quentes do ano, as arraias se juntam em casais ou cardumes para procriar. A arraia macho sabe quando uma fêmea está pronta para acasalar pelos sinais químicos que ela libera. Como parte do processo de corte, macho e fêmea podem mordiscar-se suavemente. Para acasalar, o macho insere os apêndices copuladores (um par de órgãos genitais na base da cauda) na fêmea para liberar o esperma. Desenvolvem-se então dentro do corpo da fêmea até 12 ovos fertilizados, que ela dá à luz até um ano mais tarde. Os filhotes parecem réplicas dos pais em escala menor, apesar de seus espinhos serem maços no início, eles endurecem rapidamente.
As arraias são encontradas nos oceanos e mares tropicais e quentes temperados em todo o mundo.
As espécies de água doce vivem nos rios Amazonas, La Plata e Orenoco.
Referências: Coleção: O Fascinante Mundo Animal; Editora Duetto ( 2008 - 2011)
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