Todo ser vivo depende de muitas reações químicas que ocorrem dentro de seu organismo. O conjunto dessas reações químicas é chamado de metabolismo.
A velocidade destas reações depende da natureza do organismo. Quanto maior a temperatura, maior a velocidade das reações e, costuma-se dizer, mais rápido é o metabolismo.
Fonte: www.wallstreetfitness.com.br
O ser humano tem uma temperatura que permanece, em geral constante ao redor de 37°C. O
aumento da temperatura, denominado hipertermia, faz o nosso metabolismo se acelerar. É o que acontece quando temos febre: nosso corpo trabalha em ritmo acelerado e, graças a isso, consome mais oxigênio e mais glicose. A febre é um mecanismo de defesa que permite matar vírus e bactérias mais rápido porque mobiliza o sistema de defesa (sistema imunológico).Contudo, temperatura corporal acima de 41,7 °C pode causar morte porque acelera demais algumas reações que destroem substâncias vitais como as enzimas.
Quando a temperatura vital decresce, o consumo de glicose e oxigênio diminui graças à diminuição da velocidade das reações químicas do metabolismo. A redução da temperatura normal do nosso organismo caracteriza a situação de hipotermia. Ela pode acontecer, por exemplo, com pessoas que permanecem em mares frios depois de naufrágios ou quedas de aeronaves. Temperaturas corporais prolongadas inferiores a 30 °C são fatais. Reduzem tanto o metabolismo que as reações vitais passam a ter velocidade insuficiente para manter a pessoa viva.
O uso controlado da hipotermia pode, contudo, ser utilizado em medicina. Em certas cirurgias cardíacas ou cerebrais, o paciente anestesiado é resfriado a cerca de 30 °C, por contato com gelo. Isso reduz o consumo de oxigênio do coração ou do cérebro e reduz a chance de danos causados pela falta de circulação sanguínea, inevitável em alguns procedimentos cirúrgicos.
Aqueles animais que, ao contrário do homem, não mantêm sua temperatura constante (répteis e anfíbios) possuem um metabolismo extremamente sensível à temperatura ambiente. Em tais animais, a velocidade das reações metabólicas aumenta durante o dia e diminui à noite, de acordo com a variação de temperatura do ambiente. Graças a isso, eles precisam comer mais nos dias quentes de verão do que nos dias frios do inverno. Nas regiões mais distantes do equador e dos trópicos, onde os invernos são rigorosos, muitos desses animais costumam hibernar, ou seja, reduzir a velocidade de seu metabolismo ao mínimo, entrando num “sono profundo” e só acordando na primavera, quando a temperatura ambiente volta a subir.
Referências: CANTO, Eduardo Leite do; PERUZZO, Francisco Miragaia; Química na Abordagem do Cotidiano; 2ª Ed.; São Paulo; Editora Moderna; 2000.
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